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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

PROPOSTA BILÍNGUE


Proposta Bilíngue


Semântica e Pragmática

Proposta Bilíngue


O bilinguismo vem ganhando forças não apenas pelo fracasso de ensino e aprendizagem do sujeito surdo, mas por pesquisadores se interessarem pela temática. O Bilinguismo começou a ganhar espaço mundialmente com o movimento do multiculturalismo, a luta de várias minorias pelo direito à sua cultura e contra a subserviência a qual eram submetidas. Partindo deste discurso a luta dos surdos pela Língua Brasileira de Sinais muitas vezes marginalizada pela sociedade, utilizada na maioria das vezes fora da unidade escolar pelo fato dos profissionais não saberem comunicar-se através da mesma, vem ganhando credibilidade com as pesquisas realizadas por pesquisadores como: Stokoe (1960 p.22) e Wilcox (2005 p.43) aponta o quanto é recente o reconhecimento da Língua de Sinais como língua, que só começa a acontecer por volta de 1960, nos EUA, com os trabalhos de Stokoe, que publicou o primeiro dicionário de Língua Americana de Sinais (ASL).Estudos gramaticais sobre a ASL apontam reflexões sobre a impossibilidade de utilizar uma língua visual e oral-auditiva ao mesmo tempo, devido às suas diferenças intrínsecas.

 O Brasil reconheceu a Língua Brasileira de Sinais legalmente com a lei de nº10. 436, de 2002, a mesma foi regulamentadas por meio do decreto nº 5.626, em 2005.
Diante do exposto é necessária uma proposta de ensino voltada para as particularidades do sujeito surdo, coerente com os discursos em torno do ensino e aprendizagem que valorize de fato e direito as potencialidades do individuo com surdez. Vygotsky (1926/1993) salienta que os esforços educacionais devem se centrar no que a criança possui de preservado e, nesse caso, pensar a surdez como propiciadora de desenvolvimento, por meio de uma experiência visual significa dar à criança Surda, reais possibilidades de participação e construção de uma Identidade Positiva.

Segundo Gesueli (2004 p.15), as propostas educacionais bilíngues remetem, cada vez mais, à importância da participação de Surdos no processo educacional. Esse aspecto, já ressaltado por Souza e Góes (1999: p.184), requer a participação do Surdo, mas como profissional valorizado, como sujeito de referência em relação à leitura de mundo construída por meio da Língua de Sinais. As autoras chamam a atenção para a necessidade de mudanças, visto que a presença de Surdos no processo educacional não pode continuar a ser considerada mera facilitadora ao acesso da Língua Portuguesa.

          Svartholm (1998, p.43), que traz experiências bem sucedidas de bilinguismo na Suécia, afirma que, para os Surdos, a língua escrita é percebida e interiorizada totalmente pela visão e não representa um código escrito a ser decifrado. Sua compreensão da língua escrita não se dará pelo auditivo, mas pela mediação entre a Língua de Sinais e a Língua Escrita. Partindo desta premissa existe a necessidade de uma prática pedagógica que faça a diferença no contexto escolar do individuo surdo que aponte novos horizontes em que possa contribuir para uma formação acadêmica sólida de forma autônoma, sem deficiência no processo de ensino e aprendizagem que favoreça a aquisição da Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa.
           É preciso que, além de aprender e ensinar Libras, as escolas também se preocupem com todos estes fatores e, que medidas urgentes possam ser tomadas para o cumprimento integral do decreto 5626/05 que também exige o ensino da língua portuguesa para os surdos brasileiros, visto que uma verdadeira educação bilíngue lhes proporcionará maior aproximação com as pessoas do mundo em que vivem, interage e constrói sua identidade.


Semântica


Semântica (do grego σημαντικός, sēmantiká, plural neutro de sēmantikós, derivado de sema, sinal), é o estudo do significado. Incide sobre a relação entre significantes, tais como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a sua denotação.A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar através da linguagem. Outras formas de semântica incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica formal, e semiótica.

A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo é expresso (por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da concepção de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica cognitiva, fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes.


Pragmática


           Pragmática é o ramo da linguística que estuda a linguagem no contexto de seu uso na comunicação. As palavras, em sua significação comum, assumem muitas vezes outros significados distintos no uso da língua e, mais recentemente, o campo de estudo da pragmática passou a englobar o estudo da linguagem comum e o uso concreto da linguagem, enquanto a semântica e a sintaxe constituem a construção teórica. A pragmática, portanto, estuda os significados linguísticos determinados não exclusivamente pela semântica proposicional ou frásica, mas aqueles que se deduzem a partir de um contexto extralinguístico: discursivo, situacional, etc.

        A capacidade de compreender a intenção do locutor é chamada de competência pragmática. A pragmática está além da construção da frase, estudado na sintaxe, ou do seu significado, estudado pela semântica. A pragmática estuda essencialmente os objetivos da comunicação. Como exemplo, suponha uma pessoa queira fazer uma segunda pessoa não fumar numa sala. Pode simplesmente dizer, de uma forma muito direta: "Pode deixar de fumar, por favor?". Ou, em alternativa, pode dizer: "Huumm, esta sala precisa de um purificador de ar". Repare que a palavra 'fumo' ou 'fumar' não é utilizada, mas indiretamente revela a intenção do locutor.




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