Sabemos que a matemática é considerada por
muitos alunos a matéria mais complicada do currículo escolar, então se os
alunos videntes encontram essa dificuldade como será que os alunos cegos
conseguirão compreender os números e seus cálculos? Como tornar a aprendizagem
da matemática significativa para o aluno cego?
Esses são alguns questionamentos que
devem estar inseridos no planejamento do professor que trabalha com alunos cegos.
O uso de recursos torna-se fundamental para facilitar o processo, o professor
pode trabalhar com livros em Braille, hoje temos a tecnologia que sendo usada
adequadamente ajuda muito. Mas o recurso principal que será tratado neste
trabalho é o Sorobã, um instrumento que facilita a realização de cálculos. Ele é
composto de diversas colunas, cada uma representando uma unidade, dezena,
centena, etc. Cada coluna, por sua vez, contém duas partes: uma em cima e outra
embaixo. As peças da parte de cima se chamam godamas porque go
significa cinco, e as peças da parte de baixo se chamam ichidamas porque ichi
significa um e dama significa
peça.Assim, cada coluna possui uma pedra (ou conta) na parte de cima que vale
cinco unidades (ou dezenas, centenas, etc.) e quatro pedras na parte de baixo,
cada uma equivalendo a 1 (uma) unidade (ou dezena, centena, etc.)
O Sorobã
foi importado da China para o Japão em 1622,e só chegou ao Brasil em 1908,foi
adaptado em 1948 pelo educador Joaquim lima de Moraes para que o cego pudesse
utilizar no desenvolvimento de calculos,ele fixou na parte interna do
instrumento uma borracha compressora que pudesse viabilizar o movimento das
contas,assim facilitando a leitura e escrita dos numeros.
A
disseminação do instrumento aqui no Brasil contou com o apoio da Fundação para
o Livro do cego no Brasil,a Fundação Dorina Nowill para Cegos produziu manuais
do instrumento,ministrou nos cursos de formação na area do deficiente Visual,em
2002 por meio da portaria nº.657/2002,o instrumento foi regulamentado pelo
Ministerio da Educação como Ferramenta
de desenvolvimento socioeducativo e
facilitador no processo de inclusão de alunos com deficiencia visual na escola
comum. O sorobã é uma tecnologia indispensavel para o desenvolvimento
logico-matematico das operaçãoes aritimeticas não possuindo qualquer outro
instrumento que possa substitui-lo.
É
importante destacar que o professor sempre deve considerar os conhecimentos
globais do seu aluno pois os mesmos poderaõ ser aliados ao processo de
aprendizagem da matematica,para tanto ressalto que sem a utilização desse
recurso e a qualificação que esse profissional
deverá possuir,o aluno deficiente visual tera dificuldades para acompanhar
o conteudo, ficara deseteressado pela disciplina e ele não vai aprender a
materia.
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